Memories...

"Quem inventou a distância, não sabe o quanto dói a saudade..."

Estou sentado à varanda... olho à volta e tento absorver o máximo que posso! Inspiro o vento fresco, que me traz aos pulmões a maresia salgada... e me inquieta na ideia de partir. Sim! Amanhã é o último dia... mas não verei mais este pôr-de-sol. Não por enquanto.

Olho em frente e tenho saudades da vista que tive o ano passado... no topo do prédio, com os pés no muro, vislumbrava a marina... os barcos que chegavam a bom porto e aqueles que partiam para um jantar em alto mar ou quem sabe uma noite a bordo!

À minha direita vejo um pedaço de areal e mar, onde os últimos resistentes fazem os mesmo que eu... passeiam à beira-mar, na esperança de agarrar o pôr-do-sol.

As gaivotas sobrevoam inquietas num bailado que é igual todos os dias... e pousam em chaminés e varandas a olhar o final do dia. Que será que lhes passa pela cabeça? Mas o céu é delas e elas fazem dele os caminhos da sua liberdade! Sobem e descem em voos picados e emitem sons que me lembram o 'Nemo' - "meu, meu, meu" :)

Surgem algumas nuvens no céu e um grupo de amigos deixa a praia e ruma ao apartamento... É hora de recolher... até porque o frio já se nota. E discutem a ementa para o jantar... cada um com sua sugestão e chegam a um acordo... "Epah, ouve - fazemos o que for mais rápido!" E o mote está dado. E seguem para a porta. Banhos, jantar e aperaltar-se para sair à noite... É sábado... a noite está fresca, mas convida a sair!

Cruzam-se na rua famílias que saem para jantar fora ou apenas para o cafézinho depois da refeição... há tempo para, ainda, ir dar uma caminhada pelo 'calçadão'!

Hoje não é o meu dia de fazer o jantar e dou-me ao luxo de poder estar aqui comigo mesmo e com o fim do dia... O mar acalmou... não há ondas... está na hora de descansar.

Recolho-me e sigo para a mesa... um arroz de marisco espera-me!

Deixo-vos com as fotos!